* Eduardo de Almeida
Chego ao terceiro texto da
trilogia Cinquenta Tons..., depois de falar dos tons de verde das florestas e
dos tons de cinza da poluição, chego ao final da ideia de textos, dessa vez
motivado ao ler a seguinte informação: A Alemanha é um país pobre em reservas
naturais de petróleo, porém, rico em carvão vegetal”. Com base nisso pensei
como seria a ideia de sustentabilidade em relação ao esse recurso, descobri nas palavras de Leonardo Boff em seu
livro sobre Sustentabilidade, onde em 1713, onde o Capitão Hans Carl von
Carlowitz, propunha o uso sustentável da madeira. Seu lema era: “devemos tratar
a madeira com cuidado, caso contrário, acabar-se-á o negócio e cessará o lucro.
Mais diretamente: “corte somente aquele tanto de lenha que a floresta pode
suportar e que permite a continuidade de seu crescimento”. A partir dessa
consciência os poderes locais começaram a incentivar o replantio das árvores
das regiões desflorestadas. As ponderações de ontem conservam validade até os
dias de hoje, pois o discurso ecológico atual usa praticamente os mesmos termos
de então.
Também em meus estudos descobri
que princípios de logística reversa e de reciclagem já eram utilizadas antes do que se tem ideia. A preocupação com a produção mais limpa data da
década de 20, com Herry Ford em seu livro Today and Tomorrow (Hoje e Amanhã),
de 1926, quando Ford salientava que em primeiro lugar deve-se evitar o
desperdício e em segundo lugar reutilizar os restos. Com isso, o pensamento dos
empresários passou a ser “recolher e reaproveitar sobras é bom”; planejar para
que não haja sobra melhor”. Como exemplo, Ford aproveitava os caixotes de
madeira dos insumos da produção, do famoso modelo T, retornando-os ao
departamento de recuperação de madeira.
A conhecida bandeira da reciclagem
onde aparece o ciclo das três setas que se tornou o símbolo universal dessa surgiu em um concurso feito pela empresa Container Corporation of
America de Chicago, para contribuir com a celebração do primeiro Dia da Terra
em 1970. O ganhador e criador do símbolo foi Gary Anderson, um estudante de 23
anos na época.
Assim, para que haja uma harmonia
entre o meio ambiente, é necessário que a tecnologia e a engenharia de
processos sejam mais limpas, levando em conta que a vida humana agora é
inseparável das atividades das empresas.
Existem mais de 50 tons de
sustentabilidade atualmente basta observar que cada vez a humanidade está algemada a sustentabilidade ambiental numa relação de amor com a geração atual e as demais que estão por vir.
* Biólogo, Professor e Palestrante.

Cinquenta Tons de Sustentabilidade de Eduardo de Almeida é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada.
5 comentários:
Sim estamos algemados é preciso ter consciência responsabilidade com nossas ações elas devem ser feitas para todos,visando uma transformação social e moral,buscar novas alternativas,não podemos esquecer que muitas ideias que a maioria pensa ser atual existem a muito tempo,questionar o que foi feito e o que devemos fazer para reverter essa situação, deixar o pessimismo de lado, acreditar na nossa capacidade de transformar e deixar um mundo melhor para as futuras gerações.
fernando.reis@ufrgs.br
Ford alem de recuperar a madeira usava a mesma para fabricar o assoalho do for modelo T o segundo carro mais fabricado no mundo perdendo para o fusca perto de 15 milhões de unidades, seu maior legado é o modelo de produção que racionalisa o consumo de energia.
Fernando reis
Conceitos antigos, mas muito bem embasados.
Porque nos parece ser tão atual?!
Precisamos nos conscientizar dos impactos que podemos causar, por meio de nossas atitudes.
Agir localmente e pensar globalmente faz toda a diferença.
Thaniê Xavier Ouriques
Sim a sustentabilidade acima de tudo começa em nós mudando nossos hábitos de consumo. Usando o mínimo possível de embalagens descartáveis. Pensar em preservação ambiental, é agir a partir do local em no seu em torno.
Começando a deixar o carro na garagem um dia e outro não. Ou saímos do discurso que virou modismo e agimos concretamente ou ficamos só n o discurso vazio.
Que do nada a lugar nehum
Concordo com você Afonso é através de nossas ações diárias, pequenas mudanças como desligar os aparelhos eletroeletrônicos das tomadas,evitar o desperdício dos alimentos...preservar acima de tudo pensando no futuro das novas gerações!
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